Presidente se pronuncia sobre acusação de genocídio na Faixa de Gaza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou o respaldo do Brasil à denúncia feita pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando o país do Oriente Médio de cometer genocídio contra o povo palestino em Gaza. O Palácio do Itamaraty divulgou a posição brasileira após Lula se reunir com o embaixador palestino Ibrahim Alzeben para discutir a situação na região.
Em meio a um conflito que persiste há mais de três meses, iniciado em outubro do ano passado com ataques do grupo Hamas, a reação israelense resultou em mais de 22 mil mortes em Gaza, predominantemente mulheres e crianças. O Brasil, ao condenar os ataques do Hamas, ressalta a necessidade de evitar o uso indiscriminado e desproporcional da força por parte de Israel, salientando os impactos devastadores sobre a população civil.
Lula, ao apoiar a iniciativa da África do Sul de recorrer à CIJ, insta para que Israel cesse imediatamente ações que possam constituir genocídio, destacando as graves violações ao direito internacional humanitário. O presidente brasileiro ressaltou esforços diplomáticos anteriores, incluindo apelos pelo cessar-fogo, pela libertação de reféns e pela criação de corredores humanitários.
O governo brasileiro, reiterando a defesa da solução de dois Estados, sustenta a convivência pacífica de um Estado Palestino economicamente viável com Israel. Essa convivência, de acordo com o posicionamento brasileiro, deve ocorrer dentro de fronteiras mutuamente acordadas, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como a capital palestina. O Brasil se coloca a favor de uma resolução diplomática para o conflito, instando ao diálogo e ao respeito ao direito internacional.